quarta-feira, 22 de abril de 2009

Let the seasons

Estava ali. Há bastante tempo. Muito tempo. No Ano Novo já devia estar. Mas só chegou no sábado. Foi anunciado em outubro ou novembro, algo assim. "Lembre-se de São Bernardo. É um clássico brasileiro". Um amigo disse. Ficou mais amigo por isso. Ela deveria ter raiva. Deveria gritar. O medo de colocar para fora e com isso deixar ir embora. Por mais que machucasse, não deveria ser expulso. Ser deixado.
Ela foi lá, no restaurante. Naquele. Tijolo por tijolo, sentimento some. Ou cresce. E eram tantos movimentos, tantas novidades. Tanta gente. Que era um brilho, um brilho forte. Feito o do Sol quando surge de manhã cedo, depois de uma madrugada de chuva. Um resgatar da mente quando temos um estalo e lembramos de algo. Precisa dizer mais nada. Quem entende, sabe. Quem pode, lê.
O medo de deixar o ruim ir embora com o bom. O medo de ficar estanque. Nem sempre ir é sair do lugar. A moça estava no mesmo canto. Dava giros e giros e voltava para o mesmo lugar. Ela convulsionava abraçada aos joelhos. Aí lembrava de um banho de chuva inesperado. De fechar os olhos por segundos sem ser percebida. E deixar a chuva. A chuva. Queria pular, queria ficar ali. Ia lembrar sempre daquela chuva. Do quanto precisava ficar ensopada logo naquele dia.
Só faltava um mar cedinho. E o choro seria de alegria. Porque tem moça que não sabe ficar se derramar.

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