quinta-feira, 2 de abril de 2009

Apegos


Aí, encontro, em cima da mesa do quarto de Marilia, Pollyanna. Ela e sua versão mais madura, que nunca terminei de ler porque achei que a seqüência não tinha o mesmo encanto. E eu nem gostava muito dela porque ela era boazinha demais.


Depois de muito tempo, posso assumir o quanto aquele livro faz parte de um monte de coisa até hoje. Acho que nem tenho mais minhas edições, devo ter doado ou trocado faz tempo. É que eu costumava perder livro das bibliotecas. Quem convive um pouco comigo sabe que só não perco a cabeça porque ainda não consegui realmente tirar do pescoço. Porque até isso, de vez em quando, eu tento. Jô Soares diria que é uma propensão natural para o desastre.


Deve ser mal de quem nasce em sexta-feira treza chuvosa, com a mãe convulsionando, o pai sem saber se fazia massagem cardíaca (como falamos de Seu Iranildo, leia-se murro de mão fechada no tórax de mainha) ou se tirava a água de dentro do Chevette, e com um caroço de Corcunda de Notre Dame na testa. Sim, fiz minha primeira plástica com dois meses de vida!! Uau!


Logo na semana em que separo uns outros livros pra doar. Creio ter lido pouco na vida, bem pouco. Mas é que tem livro que marca muito e é um tempão até o apego de um ir embora pra deixar entrar o apego do outro. Tenho problema seríissimo de relacionamento com livros. E quanto engancho num autor, então. Salve, salve, seu Machado e dona Clarice.



Jogo do Contente, Jogo do Contente, Jogo do Contente.



P.S.: Claro que não fiz outra plástica depois!
P.S.2: Tulipas para lembrar das tulipas negras.

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