quinta-feira, 17 de junho de 2010

A lógica do absurdo - na falta de um título pra um texto sem lógica

Eu não sei lidar com meio termos. Não sei dizer que não sei em quem votar neste ano. Já mudei meu voto umas três vezes, pensei nos três candidatos. Sim. Nos três. E nem me cheguem com Inglaterra que não compreendo coalizão. Se bem que Brasil. Bem. Brasil.

Estranho. Primeira vez na vida que escrevo Brasil em algo pessoal. Muito estranho. A palavra Brasil é a mais estranha que escrevi em tempos. Porque nunca gostei de ser brasileira. Latino-americana sempre me pareceu mais agradável. A Copa do Mundo que me diz.

Bem, de volta ao meio termo.

Trânsito parado. Por que eu deveria manter o carro ligado e as janelas fechadas? Motor desligado, pra acompanhar de verdade o fluxo. Isso de deixar a chave girada e não sair do lugar - não me convém.
E daí se chove? Se estou na chuva, decerto me molharei. Janelas abertas que não vou ficar no frio do ar condicionado se estou no meio da rua. E daí se pode haver arrastão?

Admirei a namorada do meu amigo que saiu a pé pela rua até achar um lugar mais amistoso. Aproveitei o banho que tomei no estacionamento até chegar ao carro. Achei bonito ver pessoas nas pontas dos pés em fuga de poças d´água. Pensei um bocado na vida.

Que chova de muito. Porque negócio de garoa nem pra molhar serve. Só chateia. Prefiro tumulto. Esses que jogam a brasa de vez. Tiram da rotina.

Até porque não sei lidar com o meio termo: se chove ou se faz Sol.

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