quarta-feira, 18 de março de 2009

Por quem os sinos dobram





Era uma vez um país distante, bem distante. E bem antigo também. As conversas lá são bem diferentes das daqui. Lá, é só apertar os olhos, fazer uma forcinha no pensamento que ele segue o caminho dele, sem muitos erros, todo explicado. Por isso que nesse país existem menos guerras e confusões. Aí tem mais tempo para ter graça. Lá é tudo diferente. O tempo também. E é um país sem muros, para que ninguém fique em cima sem ter o que fazer ou sem pensamento para mandar embora, para mandar seguir para algum lugar. A palavra não quando vem perto de nunca desaparece e vira outra coisa. Assim, ninguém nunca vai poder dizer ou pensar "Hoje, não". Vai sair sempre: "Hoje, sim". Por que qual a serventia do que não pode hoje, talvez um dia e quem sabe nunca? Lá só há pode hoje. Talvez é feito muro, sumiu do mapa, foi banido.




Esse país distante fica num lugar meio difícil de encontrar no mapa. É que seus habitantes confundem esquerda com direita e se complicam na hora de desenhar as coisas. E não sabem mesmo dar referências de como chegar lá. A princesa do lugar, conhecida por Lili B. de B., é chefe de um bando de bonecas de pano, de várias cores e tamanhos. Elas estudam dia e noite um livro muito importante, um livro de preparo estratégico para o caso de uma invasão externa. Uma obra conhecida pelo nome de "A Revolta dos Brinquedos". Material muito perigoso. Muito.




Bem, esse páis tem uma história muito comprida e aqui nem foi muito bem contada. Para não esquecer e ficar guardado aqui, é bom explicar que a princesa Lilia virou princesa porque recebeu um dom. Vez por outra tinha a sorte ou azar de saber das coisas por antecipação. Aí contavam para ela aos 20 o que ela só iria saber aos 80. Sonhava com o aviso de hoje o que seria para amanhã. É que ela não era lá muito hábil...Misturava tudo e se confundia toda. Enfim, a história é muito comprida e aqui nem foi muito bem contada.

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