domingo, 29 de março de 2009

Estudante sofre!


Como de praxe, dois meses é o tempo máximo que suporto com meu cabelo do mesmo jeito. Passar três meses e ver a mesma coisa todo dia no espelho é um problema. Então, quando fui na manicure, me ofereceram um tratamento ultra mega super hiper moderno pra deixar o cabelo cauterizado, hidratado, amaciado, alisado, etc, etc e tal mais alguns xampús especiais e caríssimos que disse logo não poder pagar. Aí, deixei de virar alusada pra virar alisada. Financeiramente também.


Então, como aprendiz de perua, saí desfilando minhas novas madeixas (não muito diferente das antigas, porque só fiz alisar meu cabelo liso) pela rua, pelo shopping, pelo cinema, pelo bar e ... pela praia. Pela praia! Isso que dá fazer uma saída brusca de protótipo de hippie anti-consumo pra consumista iniciante. Tentei, como muito esforço, resistir às águas translúcidas azuis, lindas, com peixinhos coloridos, do mar. Não mergulhei atrás de nenhum cardume, não brinquei de caldo, não saí nadando com medo de tubarão. Só que havia uma prancha no meio do caminho. No começo, minha proteção para a água salina. Depois, um trampolim improvisado. E, desequilibrada que sou, tchibum! Um dia depois do tratamento de choque.


Fiquei no mar mais um bom tempo. Tanto que consegui deixar a marca do biquiní, inexistente há séculos. Depois, água doce e, agora, só a química sabe quanto tempo vai demorar pra meu cabelo alisado ser somente liso de novo. Depois do banho de mar, provavelmente, menos de dois meses. Melhor pro meu tédio capilar.


Vida de aprendiz de perua é muito dura. Passar o dia todo na frente do mar e não poder correr atrás de peixe é um saquinho. Vai ver que preciso repensar essa vida.

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