sábado, 29 de maio de 2010

friday night, saturday morning

Queria que você, senhor, não me dissesse nada. Para que eu também não lhe falasse nada. Sinceramente, acho que minha imaginação deveria se tornar fértil de verdade. Para que eu lhe escrevesse algo que realmente prestasse.
Porque negócio de grande amor é muito complicado e faz parte dos números impossíveis. Aqueles que a gente jura que aprende no colégio. Mistura com a letra "i". De impossível. Calma, eu acredito no grande amor. Só que quando é comigo, bem, é feito bumerangue. Vem em minha direção, bate e volta. Pro infinito. E até nunca mais.
Sim. Eu tô inteira, moço. Só não sei se é de sua intenção vir aqui de novo pra testar os remendos. Acho que você diz que sim, eu digo que sim. Mas existe um grande não no meio do caminho, maior que a pedra de Drummond.
Aí fica aquele quase. Eu saio de um lugar na hora que o senhor moço chega. Você pensa em ir aonde eu estava. E nunca dá um passo. E a gente se perde, se perde.
Não é nem questão de amor. Porque amor, amor....caramba.
Semana passada, notei minha primeira marca de expressão. Uma quase ruga.
Das tantas linhas que acabei de escrever e ao tempo que escrevia, deletava. Não é nem segredo. É porque é melhor dizer nada. Só sei disso. Grande amor, grande amor, você é impossível.
Até quando sonho, sei disso.
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Posso dizer que existem dois impossíveis? Que nem os números "-1" e "+1"?
Tá. Eu sei que todas minhas definições matemáticas acima estão equivocadas.

2 comentários:

  1. A definicão matemática está incorreta, mas pode ser melhor interpretada. O "i" é definido como sendo a raiz quadrada de -1 e é um número complexo mas nao impossivel, assim como o grande amor...

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  2. Era isso! Complexo! beto, te mandei email. tu visse?

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