segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Sonhos muito intranquilos

Havia uma geladeira dessas de loja, branca. Na metade do meu lado, colorido - feito chicletes que vendem em vidros de moeda - dos filmes de Pluto e Mickey e de locadoras de fita (ou DVDs, como queiram). Do dela, preto e branco, quase em tons de cinza, na verdade. Ela usava pérolas escuras no pescoço. Uma amiga em comum totalmente não identificável nos apresentou.
Tanto eu quanto ela estávamos em busca de algum doce maravilhoso de chocolate. Alguma felicidade momentânea, intensa, verdadeira e que não daria chance para não se realizar.
- Você gosta muito da palavra fada, não é?
- É, é verdade. Gosto porque me lembra isso, isso e aquilo.
- A mim também. Vamos marcar um café pra conversar?
- Claro! Mas tem que ser até sexta, porque vou viajar e ficar fora do mundo por uns dias.
- Vamos nos falar até lá.
Era ela. A Lispector. Pra tomar café comigo. Não, eu não iria. Que poderia lhe dizer?

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