domingo, 3 de janeiro de 2010

Doçura

(Foi nem o filme, já visto)

Moço, tem como não. História de gente que completa gente. E pessoa lá é quebra-cabeça? E se fosse assim, seria melhor misturado. Bagunçado. Para sempre ficar com pedra que falta, peça que não encaixa.
Não, meu senhor, para que você quer se encaixar? Vai se cansar. E vai precisar se gastar mais ainda para se perder e depois se meter a se achar de novo. Moço, o senhor já está encaixado. É, nisso tudo. Para que mais? Dá preguiça. Sim, preguiça é bom. Mas, demais, dá enfado.
Esta conversa me dá tédio. Vai lá e diz pra ela, logo. Despeja tudo feito rio em maré. Ou ela se afoga, ou lhe engole feito esfinge.
E quando houver um sentido, uma direção, um caminho, vocês atravessam de mãos dadas. A vida acontece e vocês se perguntam ou ela se pergunta ou você se pergunta.
É agora ou não?
De para sempre, meu caro, só o instável. Só o instável é o contínuo. O eterno. Se não fosse, assim, no caos, era só morte.
Mas é vida. A vida. Sempre. Bruxa. Mulher sem razão. Homem sem freios. Criança sem crueldade. É a vida, meu senhor. Aceite, vá, entenda, não.

Nenhum comentário:

Postar um comentário