sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Historinha


Ainda falta falar do balão de gás.

Vamos com calma.Vamos respeitar os ciclos.

Que se abrem e se fecham mais rápido dos que esperamos.


Será que existe uma conta? A regra do três é real?


Porque quando ela lembrou daquele, da paixão por ele, do jeito que foi o beijo, o primeiro beijo.

Do jeito que foi o segundo. Da declaração de paixão meio afobada. Do barulho das palavras ditas demais e erradas (ou certas?) demais. Um barulho que impedia o silêncio dizer o necessário. Do impulso que se seguiu a um sonho. Os sonhos, mais uma vez, eles. E durante muito tempo Lúmen tinha gosto de lágrima. Para que entender o que Lúmen queria dizer? Era lágrima.


A moça seguiu o sonho, escolheu o rapaz antigo e perdeu aquele. Porque ela nem sabia que aquilo ali era escolha. Só soube sete dias depois. E sete parece que é número importante.


E foi depois do Carnaval. Carnaval foi despedida. Com suco de uva espremido a mão. Ainda nem podia ser vinho. Vinho era somente a cor do lençol. A primeira e última noite. Porque a sombra daquele era a possibilidade que assombrava.


E aquele? Pode mais não, moça. Casou.


A moça saiu a gargalhar. A vida era linda e ela era livre.


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