segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Um por dia

Amei você 18.
Dez oito.
Ou foram vinte?

As senhoras daquele tempo
Que nem era meu
Diziam sempre algo de biscoito e oito.
Pus dez na frente pra dar sorte.

Amei você o alfabeto.
Com algumas letras repetidas.
Escrevi o que você não vai querer saber.

Risquei meu corpo.
Fiz adorno do que nem pensava pensar.

Eu não sabia o que fazer
Sem você por perto.

Fiz tudo pra você não achar certo
E dizer da minha vida:
Perdida.

Encerrei a conversa num beijo.
Antes de você contar
Que amou uma só.
Decorou só um nome.
Viu a flor em só um cabelo.
Num só vestido.

Porque, eu sempre soube.
Disso, eu sempre soube.

Em matéria de amor,
muito, pode ser muito pouco.

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