quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Muito auspicioso!

Caro leitor,
Ou leitora.
Você existe? Pressupostos me dizem que não. Que interesse haveria para alguém perder seu precioso tempo com meus escritos desordenados? Rascunhos de imitação de Calvino ou de Lispector, como todos fazem? Cara pessoa inexistente, não vê que faço piada? E sequer tenho veia cômica?
Vamos fazer um acordo - escrevo sobre o que me incomoda, o que perfura meu coração e dilacera minha alma e você não se contorce sobre si ao me ler. Não me censura com seus olhares raivosos, de apertar as pálpebras e tensionar os ombros.
Vou ser tão sincera neste trato quanto você. Vamos fazer mais um aperto de mãos, fechar mais um negócio: se tiver que se dirigir a mim, faça com objetividade e de forma devidamente esclarecedora. Não há nada mais sem graça e previsível que ensaios de "Oh, até breve, Filomena, não há mais tanta pena para gastar. Não posso amor jurar se você não me deixa caminhar por mim'. Como se a pobre Filomena segurasse em algum calcanhar e tomasse conta de qualquer ser adulto, tão mais ou menos que ela. Não há nada mais ridículo que frases pela metade ou promessas compostas de ar, concorda?
Pessoa inexistente que finge me ler: Lili é personagem sumida. Se houve curiosidade por letras anteriores, dê-se conta de que ela jogou-se da Torre e voou. Para o chão, para outro mundo, para fora da tela. Ainda não se sabe. Agora, é a vez de Filomena. Quase uma Macaíba, Macunaíma, Macambira...aquela moça boba daquele livro que parece falar de estrelas.
Filó ou Meninha é uma moça bem boba. Que pensou ser esperta e se deu mal. Como qualquer garota ingênua que por, dois segundos ao mês, se acha esperta e comete uma bobagem maior do que cometeria em qualquer tempo em que não se desse conta de que haveria nela qualquer vestígio de inteligência. Às vezes, é melhor ser burro por completo que somente por algum tempo.
Pois que Meninha conheceu Vonzinho. Rapaz que se achava muito capacitado para todo e qualquer trabalho. Mais que os outros e muito mais que ela. Vonzinho ganhou tal nome porque o avô dele era do tipo que gostava de vampiros. Surgiu algo como Von da Silva.
Ah, mas você, pessoa que me lê, não vá jogar seu tempo fora com essas histórias. Até porque são personagens sem enredo, só apresentação.
Sabe o terror? O medo? Não surge do que está ali posto, surge do que pode vir a ser. Vamos deixar Filó quieta, bem quietinha. Em paz.

2 comentários:

  1. ai tu apresenta os personagens pra dizer q não vai dizer mais nada sobre eles?! isso eh maldade. isso não se faz.

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  2. Saudade de tu. Agora nem no blog você tá postando.

    Dado
    www.horoscopo.blogspot.com

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